segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

augusto dos anjos

Como saudar o mestre que Tanto
Escreveu em vivas substâncias?
Mineral, animal, vegetal, um
dente e comparou o amor a uma cana?

Não devo nada a tal e devo tanto
Que em consequência de lê-lo
é conhecê-lo dentro de um cubo
em geometria dificultosa e engenhosa:

engenho de verso sem rima
engenho de sofrimento em rima
engenho de conhecimento em rima.

Em suma e resultado aplausos
E no silêncio da tumba (que nós pertencemos)
Da vida eu saúdo sua carne, que hoje é pó, e pó todos seremos.

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