sábado, 13 de outubro de 2012

dentro das horas frias (soneto0


Dentro das horas frias do destino
A vida se move em um relógio.
Seu rosto se perdeu de mim
Mas a sua imagem ainda me habita.

Me habita como se fosse um fogo
Que de minha alma se sente entranhada
E gloriosa me ama... Mais na verdade
Isso é o que move o frio do meu querer...

E te querer é tão doloroso.
Interrogo o vento: porque a amo
Tanto? Se é amor, o que me nega de dizer-lhe isso?

Que tudo isso vá embora
Como se fosse um eterno adeus
E o frio das horas acabe em um sorriso de eterna alegria.

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