CONSCIÊNCIA QUIETA
Vou ir dormir, já é tarde,
E me pesa a consciência humana.
Sabendo que sou um esqueleto
Tecendo palavras desumanas.
Ah, sinto o pálido bafo da morte
A acompanhar meu gozo sexual.
Quem pudera não existir,
Não adoecer, não ter nenhum mal...
Dilúvio desse meu nirvana sonhado,
Eu que nem vida tenho para escrever,
Escreverei um novo testamento para
A humanidade cruel toda ler.
E saberão que esteve alguém que entendeu
Toda a ciência maravilhosa do sofrer.
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