DEBAIXO DO TAMARINDO
Noite, noite imensa e vaga,
Basta lembrar do que aconteceu,
Em cada filosofia amarga
Sabemos que o verme venceu.
Me lembro de ti e da pergunta,
Se eu vi tamarindo maior e mais doce.
E mesmo sendo tão pequeno
Pús a boca no açúcar meloso.
Vou deixar a minha sombra nessa
Árvore já tombada e esquecida:
Ó Tamarindo, quantos dias faz
Que eu não sei o que te aconteceu
Mesmo que a memória se apague
E ele fique sem lembrar quem sou eu.
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