croniquinha
-Eu vim te visitar, oras bolas, não posso?
- Não. Eu não pedi pra você aparecer.
- Mas eu quis. Idaí?
- Idaí nada, senhorito. Meças suas palavras que você está na minha casa.
- Tá bom, tá bom. E o suco de goiaba, cadê?
- Tem na geladeira.
- Você pega um pouco pra mim?
- Você tem mão, não tem? Pega você, folgado.
- Você continua do mesmo jeito de sempre...
- Eu não mudo mesmo. E outra, eu não pedi pra você aparecer aqui na minha porta não, viu? Você veio porque você quis.
- É que foi seu aniversário.
- E o que que tem?
- Oxi, eu te trouxe um presente,
- Um presente pra mim? Agora é tarde, né filho.
- Poxa, você podia ser menos turrona, não tá vendo que eu to tentando.
-Ah, você quer enganar cigano? Vá em frente, eu não caio mais nas suas lorotas não viu...
- Tá bom, tá bom. Pelo menos abre o presente.
- Não posso abrir quando você for embora?
-Quero ver a sua reação.
- Eu não sou programa de televisão não, viu. E outra, vai lá pega o suco que você gosta e vai embora que eu já tô cansada de ver sua cara.
Moral da história: Da discussão não nasce a luz, nasce a conta da luz.
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