Eu também nasci em uma cidade que antes da destruição de Roma se chamava Buenos Aires.
Isso já faz muito tempo,
e as vezes não é bom confiar
em datas, nem mercadorias frágeis.
E
sei que entre a lentidão da minha memória
frágeis versos
poderia escrever
nesse idioma magnífico.
Mesmo
que não consiga dizer
que os muros são de Adamantina,
e que o céu daqui não tem as nuvens
de lá,
por isso sou morno, don Borges,
e quando leio Quevedo recordo
a beleza das ondas do mar.
Seria
essa a felicidade proposta
por Spinoza, meu caro Abarbanel?
Ou
Schopenhauer estava certo
como Buda
ao dizer que não podemos
ser felizes com nada que exista
debaixo do céu?
Isso já faz muito tempo,
e as vezes não é bom confiar
em datas, nem mercadorias frágeis.
E
sei que entre a lentidão da minha memória
frágeis versos
poderia escrever
nesse idioma magnífico.
Mesmo
que não consiga dizer
que os muros são de Adamantina,
e que o céu daqui não tem as nuvens
de lá,
por isso sou morno, don Borges,
e quando leio Quevedo recordo
a beleza das ondas do mar.
Seria
essa a felicidade proposta
por Spinoza, meu caro Abarbanel?
Ou
Schopenhauer estava certo
como Buda
ao dizer que não podemos
ser felizes com nada que exista
debaixo do céu?
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