terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Increpação


Onde estava
o seu rosto de nuvem?
Dentro do amor,
fundo e fundo,
dentro do amor.
Naque dia tão
profundo, profundo.
Te vi beijando minha
boca, mordendo os meus lábios,
olhando os meus olhos,
dizendo que o amor não
era para incréus, mas sincero.
Duvidaste do amor,
antes que o galo cantasse.
Lá estava suas mãos,
seu corpo, seus olhos,
a lua deslizando lenta,
funda, funda,
mas profunda.
Porém ninguém dizia nada
que se pudesse deixar escrito
no tabuleiro do esquema.
E seus olhos enxarcados de
lágrimas me viram pela últim vez.
Lento, carregando um poema.



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