Sou o que sou
não posso mudar.
Como mudar?
Me diz, lua de prata,
enferrujada de branco;
me ensine, sol,
luz flamejante da
morte dentro da vida.
Sou o que sou.
O que fazer para
ser menos azul,
menos verde de
natureza?
O que fazer para
tirar a mancha do
orgulho de dentro
do meu peito enferrujado
e ferido como o luar
pálido?
O galo canta sempre
a mesma nota e a mesma
nota outros galos respondem.
Sou como essa nota fina,
arrogante, quero se exceder,
quero ser e não ser.
E para não ser sou.
Não posso mudar.
É as estações,e já passou.
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