sábado, 15 de abril de 2017

Poema da tarde


A tarde pede silêncio,
a tarde que arde
a tarde tarde que
chega laranja como
estrela ou arco de flechas.

A tarde é aquele pássaro
que canta gritando seu
horrendo rock de pedra
enquanto o meu coração
de sangue e vinagre e mel
vai se lembrando dela
a mais bela das mais belas
que é a tarde nos olhos dela.

A tarde gargalha zombando
e rindo da primavera.
Tarde, tarde mansa e solitária.
Tarde solteira em tuas mãos.

A brisa que queima esse coração
é o laranja daquela tarde:
nobre tarde, tarde qualquer.


              foto: ilustrativa

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