Que sino se ouve na voz do amargo
ar e da prata e da distante estrela fria
pois esse canto cantado me encheu
da mais extrema melancolia.
Nenhuma voz pode recordar
tua voz de mariposa no prado.
Quem disse que o cigano
não tem lugar no céu marcado?
Ai, que a noite trota em galopes
e os planetas são gelados
e a minha amada dorme o sono dos apaixonados.
Ouça: não sou eu quem vai dizer
as palavras eméritas da vida.
Dá-me um beijo, cigana, pois és uma borboleta.
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