domingo, 8 de janeiro de 2017

Ardente amor


Seus olhos de verão
se findaram. Adeus,
ela me disse. E não
havia voz em seus beijos.
Suponho que o amor
arda em nós dois assim.
Mais eu sou um graveto.
Tu és o fogo do oriente.
Vivo e deixo viver e onde
ando mandam recitar o
poema que fiz para as
árvores secas, mortas.
No entanto me recordo
do teu rosto. O teu corpo
é frio como a neve. Ardemos
juntos como a primavera.

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