sábado, 28 de janeiro de 2017
interrogação qualquer
...com os jornais políticos diante dos meus olhos, com a sensação que o meu coração vai explodir de dor, alegria e ódio, com os livros de história representando o passado do mundo, com o desejo de ser burgues sem se tornar um burgues....
Esses abismos essas guerras
esses delírios essas canções
eu estou ouvindo música
enquanto o mundo se explode.
Ai de mim que odeio tudo
o que pode me irritar.
Não gosto dos homens maus,
são insuportáveis, como os piolhos.
Não gosto do sofrimento,
por isso é que sofro.
Deixemos essas coisas para
o amanhã ou para o hoje?
Enquanto me interrogo
com a cabeça cheia de dor
alguns burgueses riem,
outros comem, outros se lambuzam.
Minha perna conclama uma nova
revolução de outubro (mais que seja dessa vez uma revolução mundial).
Acabemos com a traça e com a misera.
Não seremos um dia o pó da terra, não?
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