...e não são os mouros os dono do mistério?
Sou o poeta que canta
todas as coisas
obscuras que
existem:
a rosao sala nuvemo oceanoas lágrimaso tempoas folhas do jardimos olhos da noite fria.
Todas as coisas que
duram dentro
da eternidade
finita do pensamento.
E canto, ai como canto,
a frieza dos mistérios,
a luminante maré do sonho,
os passos das raízes silenciosas.
Cada planeta, cada estrela,
cada amor, cada navalha,
cada luz ofuscante, cada nada.
Tudo é o meu tema, e a minha matéria é a palavra.
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