quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O primeiro poema da manhã


A chuva alisou o meu coração
de seda e de marfim coroado de caracóis.
Ai, Deus, quantos trovões e quantos sóis.
Juro que teus beijos são suaves amada minha.
Não te lembras dos primeiros beijos dados
no amanhecer das asas de uma borboleta?
Mais a chuva vem e pousa em nosso olhos
águas pequenas e lentas.
Ai de mim, que tenho cara de marfim
e um coração puro de seda vermelha!

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