segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Poema sem métrica



-Estou morto.

-Morto.

-E agora vivo.

-Vivo.

-E agora morto.

-Morto.


-Primeiro o vento vem.

-Vem.

-Depois o vento vai.

-Vai.

-Depois o vento vem e vai.

-Vai e vem.

-Depois mais ninguém.

-Ninguém.


-A morte.

-Decifra-a.

-Dou o número da sorte.

-Quem é que bate?

-A manteiga
-O vinagre
-O pé-de-cabra
-A mangueira no quintal.

-Adeus.
-Adeus.

-O teu nome me acompanhará.
-Sim.
-Não.

-Tudo arde dentro do teu coração.

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