E estou com sono
e respiro frio, ventos,
o passado, o presente,
a curva do meu narigão
de toupeira, o hálito
dos cravos que me derretem
porque estou pálido
como o mar, sujo como
o campo agreste vermelho,
vestido como o espantalho,
amante das corvas, e respiro.
e respiro frio, ventos,
o passado, o presente,
a curva do meu narigão
de toupeira, o hálito
dos cravos que me derretem
porque estou pálido
como o mar, sujo como
o campo agreste vermelho,
vestido como o espantalho,
amante das corvas, e respiro.
E nesse respirar
percebo que não estou
morto, nem ao menos vivo.
Apenas com sono.
Dormindo.
percebo que não estou
morto, nem ao menos vivo.
Apenas com sono.
Dormindo.
Cansado de tanta
sílaba, melancolias,
chuviscos, piadas secas.
sílaba, melancolias,
chuviscos, piadas secas.
E sigo, e canto, e sinto.
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