Eu queria
aquela estrela.
Aquela mesmo,
bem longe, bem verde.
Um pouco tímida,
um pouco bela,
um pouco feia.
Eu queria
aquela estrela.
Estava tão escuro
quando eu a vi.
Suspeitei que
estivesse nua
como uma mulher,
como a folha da árvore
tombada no chão de
cansaço e frio.
Aquela estrela,
ao norte e ao sul,
esquecida, embelezada
pela distância.
Alguém a nomeou.
Fui eu: chamei-a
de "Valsa das flores".
Por que? Disseram
os guias físicos, por que
nomeias a estrela com
tais nomes horrorosos?
Nomeei-a assim, porque
foi amor a primeira vista.
Foi amor, porque ela
não era uma estrela.
Ela era um beijo.
Ela era uma ferida.
Ela era a musa do meu amor.
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