domingo, 25 de junho de 2017

Balada do amor metálico



Amor feito de aço
era de vidro e se quebrou
a janela do seu quarto
o meu coração quebrado


tristemente remendou.

O sol pousou calmo
do outro lado do rio.
Um urubu no mês de
agosto nos fez sorrir.

A estrela que cortou 
as mãos e os olhos
esqueceu o sangue
dentro do mar sem dor.

Por isso riram tanto
os poetas diante de
todos os sofrimentos
do que chamaram de amor,

escrevendo, escrevendo tanto.

E o amor surgiu enferrujado,
oxigenaram o coração,
iluminaram o candelabro,
celebraram o hanukkah.

Soltou-se então o amor
na forma de um beijo, mariposa.
Maça, pão, corte tão certeiro.
E o amor metálico cantou:

metálico, frio, mais verdadeiro!

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