sexta-feira, 20 de abril de 2018

Vendo o jardim do meu avô



Na imensa luz das cores
mariposas valsam pequenas
como orquídeas recém despertadas
para a vida destruída das flores.

O jardim tombado e morto
vela pequenos anjos negros
enquanto muralhas de perfumes
se espalham pelo sangue do dinheiro.

O sol alaranjado rege
o azul com foices e martelos.
O rio segue seu ritmo de mar
para afogar sereias com licores.

Do outro lado do muro
sete navalhas empenhadas a cortar.
Rouxinóis cantam
enquanto mariposas voam.

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