domingo, 22 de abril de 2018

Gazel do orvalho


Carros enferrujados, orvalho frio esfriando o ambiente sem gelo, 
noite embaçada de estrelas distantes,
 em agonia na alma espatifada de dor e angústia.
Dorme na janela querubins em forma
de flechas agudas e silenciosas.
O coração apertado suspira
e os gemidos se transformam em portas.
Esse é o lugar onde a nossa respiração
não corresponde ao mar,
onde a natureza material nos torna
frios e largos, como carros enferrujados
pelo orvalho sonâmbulo de beijos
falsos.

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