Sofrimentos,
sim,
pobres sofrimentos,
sim,
e passa chorando o
vento,
sim,
e as luzes do campo
se apagam
em prantos,
sim.
Sofrimento,
novas
odes
velhas de
sofrimento,
não,
pequenas casas
de serafins
e ouros,
não,
gotas de algodão
das
montanhas
e tijolos,
não,
borboletas em
forma de fornalhas,
tristezas
em formas de
bigodes felinos,
não,
aparador de moscas,
livros esquecidos
nas estantes,
não,
bandeiras de
velhas nações
desaparecidas.
Sofrimentos,
portas de sofrimentos,
enquanto o sangue
dos hospitais,
sim,
enquanto as ondas
do mar,
não,
enquanto o outono
se finda em chuva,
não,
enquanto a míseria
do peito adormece no rio,
sim.
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