segunda-feira, 23 de maio de 2016

Quase um soneto de amor


...
Eu quero sete coisas
e que essas sete coisas
sejam infinitas.
Primeiro que o amor real
e azulado das marés,
depois quero o teu
beijo em forma de espiga.
Quero o teu cheiro me
guiando pelo campo deserto.
Quero o sol brilhando em
minhas lágrimas de verme
humano. Depois, quero
um soneto que não seja meu,
só para lê-lo sem olhos no escuro.
Depois, quero virar brisa.
Após isso, depois de tudo
isso quero descansar em
teus braços, lábios, seios.
E só.

(Não é pedir muito).

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