quinta-feira, 19 de maio de 2016

NÃO PEÇO SILÊNCIO


...
Se o som da tua voz
em forma de ameixa, de obscuro pássaro
não me alcança, nem me toca,
não peço silêncio ao oceano
nem as rochas...
Levanto minha mão
tentando alcançar as estrelas pequenas.
Mais o preço de tocar o fogo
é o mesmo preço de comer areia.
Não peço silêncio, não peço amada minha,
por que tua voz é mais profunda do que a própria poesia.
Não peço silêncio.
Veja o que acontece
com o meu coração
em forma de ferrugem:
ele tece canções para
os teus ouvidos delicados.
Não peço silêncio, não peço.
Que tua voz oriental possa
me tocar por todos os lados.
Que tua boca possa iluminar
meus sonhos, que o teu
sorriso possa ser a lua
metafórica do meu céu enegrecido.
Não peço silêncio amada,
nem a ti nem ao mar...
E só peço que venhas.
Que venhas, ó que venhas,
como as vagas do mar...

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