terça-feira, 24 de maio de 2016

Pequena ode sobre o futuro da poesia


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Desde tempo imemoriáveis a poesia pede palavras;
eu 
amorosamente
as dou.
Eu coloco uma roupa na frieza amarga
da poesia.
Movo a cauda dela
sem vida por onde
quer que vou.
Na rua o jornal
da existência me
acena. As palavras
vão como rios...
Não sei o que farão no futuro
com as
minhas...

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