sábado, 28 de maio de 2016

Mais uma canção de mariposas


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No jardim em pleno inverno
onde tua face não é negra nem branca
onde nenhuma estrela brilha
onde não há frio nem luar
só naquele lugar onde não há
tempo nem segundo, só naquele lugar
onde o absurdo se encontra
camuflado em forma de flores
somente ali tu consegues olhar
o futuro das minhas palavras
azuladas de verde
porque carregas em tuas asas
os meus mais profundos sonhos
ó mariposas, ó mariposas que não voam
mariposas que não são
e que pousam dentro do
meu coração sem direção.
No jardim, naquele jardim, nessa fonte,
naquele destino, naquela ode, onde
li três vezes seguidas o teu nome
ali mesmo formei minha direção
sem vento e sem luar.
Mais uma vez me carregavas
em tuas asas coloridas, ó mariposas
porque eu era uma noite escura
e vós uma lua imensa.

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