sábado, 2 de dezembro de 2017

Mapa


Delicado traço das formas,
coerente geometria dos nomes.
Cores inversas, postas e sobrepostas
pela ordem singela da cartografia da terra.
Países não são cidades imensas.
No globo, a forma plana, arredondada,
se torna simples, exata.
Norte e sul são cores bem decoradas.
O mar se divide em muitas camadas.
Escuro, claras. Semelhante a uma música.
E há linhas que dividem os pensamentos,
formando uma segurança de divisão plena.
Norte e sul são cores bem decoradas,
oeste e leste se tocam pela mesma superfície
terrestre. A física desses tratados são a imaginação.
As regiões são as mesmas. Os povos, os mesmos.
Cartografia, não é tão misteriosa.
Sobejar não é o trabalho das confecções dos mapas.
As direções são iguais, as cores podem ser mudadas.
Por cima de cada legenda há decifrações.
O que levou alguém por tintas atrás de tintas
para nos deliciar com bons conselhos e nomes?
Cada nação parece um espelho milimétrico,
feito para passarmos os olhos e seguirmos adiante.
Se viajar é mais importante que lembranças,
então a geografia dos mapas é mais importante
que qualquer história traçada para ser deliciada.
Cidades e países são a mesma coisa.
Sociedade, nações, oceanos, continentes.
As formas escolhidas para traçá-las é o acaso?
Não é isso o que ensina os mapas:
sobejar não é o seu trabalho.



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