segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Água e Canção


A onda, violenta asa,
 no sol escurecido de sangue
a luz da rajada agitada,
o frio delírio e a fonte da morte.

Dormente olhos de lágrimas,
 luar sem luz, silêncio,
na voz viva do espelho,
a rachada fonte desfeita.

Onde o amor dormiu 
 estrelado, coroado de versos,
luzes pretas e brancas, 
cores ruivas, cinzentas do poema.

Partiu meu peito a espada,
 feriu meu respirar com questões,
frio, lentamente cai tombado.
Era o presente. E ela o passado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário