Sentada a mesa, escrevendo alguma coisa. A menina pousa os olhos no papel. A tinta azul se confunde com os seus olhos verdes. São a mesma coisa?
Ela esboça um sorriso. Sente saudade, no coração. Toma um pouco de café, dá uma mordida em uma torrada feita de pão-integral.
Boceja, boceja um bocejo infinito. Deve ser um poema o que ela
escreve, ou uma historinha, um conto ao estilo de Kafka, uma balada musical. Ou escreve uma carta para o namorado, que acabou de chegar no Maranhão a trabalho.
A tv está ligada, mas não há ninguém na sala, exceto o gato que dorme em cima da cama, esparramado.
Por fim ela se levanta, tampa a caneta, lava a xícara que continha o café, guarda o resto das torradas e rasga o papel onde havia escrito alguma coisa. Talvez um nome, um endereço, um poema... uma carta...
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