terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Divagação

Ah que multidão estranha,
que estranha calçada.


Ruas esburacadas, 
árvores tão esverdeadas.


Por que passo por esse
caminho todo dia?
Quantos olhos mortos
me mirando a alma cheia
de feridas.


Ah que peça estranha,
notícias púrpuras, aves
cantando notas sonoras.
Essas casas são tumbas, não é mesmo?
Afinal, essa cidade não passa de um túmulo.


Ah veja quantos postes de luz
acesos como vaga-lumes,
imitando as estrelas que se
apagam no céu cheias de
ferias.


Ah que coisa estranha.
Interessante, porém estranha,

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