Ah que multidão estranha,
que estranha calçada.
Ruas esburacadas,
árvores tão esverdeadas.
Por que passo por esse
caminho todo dia?
Quantos olhos mortos
me mirando a alma cheia
de feridas.
Ah que peça estranha,
notícias púrpuras, aves
cantando notas sonoras.
Essas casas são tumbas, não é mesmo?
Afinal, essa cidade não passa de um túmulo.
Ah veja quantos postes de luz
acesos como vaga-lumes,
imitando as estrelas que se
apagam no céu cheias de
ferias.
Ah que coisa estranha.
Interessante, porém estranha,
Nenhum comentário:
Postar um comentário