indeterminada terra sonâmbula
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Mágoas irrisórias, pessoas selvagens,
destinos transparentes, linguagem
obscurecida pelo tempo, povos abandonados
em esquecimentos... Tudo me invade.
Deixaram-me perdido pelo tempo,
então invadi as ruas da cidade tentando
devorar os muros pintados, as casas, os bosques, os lampiões
acendidos pelas mágoas alheias...
Queria o mar, sou marinho até a alma.
Mais me ofertaram a terra, a terra
pesada de seres, de musgos, de pedras,
de asfalto quente, de fábricas atoladas
de seres...
Deixaram-me como um caramujo intranquilo,
carregado de trabalho e de sonhos.
Despertei o meu destino dentro de um copo
cheio de suco de pêssego... Não entenderam
as minhas odes, os meus lamentos.
Por isso canto para a tempestade e para o
vento...
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