quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O vento de Adamantina

i
O vento aqui
não é cortante:
ele percorre a si
mesmo, imaginando-se

errante.

E se a si mesmo
desdobra-se em gueto,
finge ser a essência
da cidade inteira,

(o quê não é, realmente).

ii
O vento vêm e vai
em sua ausência
natural; sem lirismo,
fundamenta-se
como febre refrescante.

E se a natureza
se expande, como que
parto gritante,
ela funda-se:
pedra, ventania suave.

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