...
Elizabeth Bishop
descrevia o que escrevia.
E se não descrevia
com a matéria, dizia
que, a descrição
da matéria seria
o que poucos poetas
investigam: geografia.
Nas palavras dos seus
versos de métrica refinada,
se não eram refinados
em inglês, não em português
pois criticava a sua alma latina.
Mais deduzia que a vida
não era apenas a matéria
da poesia ou do poeta:
com linguagem fez o poema
que se revela nas páginas
como à costa do litoral brasileiro
na essência da descrição necessária
da palavra, na natureza.
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