quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O poeta marinho

                                     
                                   
foto: ilustrativa
                                           

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Sou um poeta marinho,
mais me deixaram preso
à terra profunda, sem ar
aquático para as minhas
guelras respirarem.

E com a chuva calma,
vou cantando o meu ritmo
de onda, elevando os
meus passos como um
anfíbio recém-acordado.

És marinho até a alma,
saúdam-me as gaivotas solitárias.
E eu, pelicano nobre, vou
cantando no meu ritmo de
maldizente minhas canções

na terra profunda em que
me deixaram preso...


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