terça-feira, 18 de agosto de 2015

A a. e.

A amada esquecida 

Nessa tua face escura  de café e algodão
sinto a sóbria ternura que nasce
das profundezas azuis do coração.

Onde tua face obscurecia reluz a verdade,
e no mar de minha poesia cabe
todas as variedades dessa face...

Ó, lírios do amor profundo que
lhe tenho, por fora por dentro penso

em todos os sonhos que não vivemos,
em todos os momentos que não vieram,
em todos os amores que não tivemos...

Mais em tua face pude eu contemplar
os celestes vazios, os profundos suspiros,
e descansei tranquilo nas águas 
da sua natureza intranquila

de mulher celeste, de amada esquecida...

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