tem que se aprender
como se faz um currículo
sozinho, solitário,
entre gritos incontidos
e não em vozes de papagaio.
sente-se na tristeza de compor
seu currículo vitae uma espécie
de ode, lamento, elegia para si
mesmo, que nunca será lida,
porque nós dois, hipócritas do
sistema solar sabemos que todos
que recebem um currículo em suas
afobadas mãos irão mandá-los para
o lixo (o que é claro que significa que
o lixo é uma coisa de luxo, como já dizia
o nosso sábio augusto,
por isso tem que se aprender
que a matemática de um currículo é assim:
você, eu + currículo: vai encher o saco de outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário