para o meu
amor, Bel
Besta fera beemonte, que carregas na
língua, na boca, nos dentes e nos rabos
as velhas invocações de injúrias por
ser tão formoso e arredondado.
Ó cavalo-marinho, cavalo potente das
águas embalsamadas do rio nilo. Estai
sempre sozinho por ser territorial?
Carregas essa marca (como chaim) de seus primeiros ancestrais?
És tu, cavalo-marinho, que carregas no nome a herança grega de Ovídio
Nasón, nos teus quarenta anos de água gelada e sonhos profundos.
Puro cavalo criado por Deus, carregas
as furias e as tranquilidades do divino
em tua imensa gordura.
Ó hipopótamo, náufrago das
águas do nilo, habitante dos rios.
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