Um rio largo percorre
o coração de asfalto
imóvel, de estrelas
embalsamadas do céu.
Pintadas de cobre,
algumas gaivotas enormes
dançam bêbadas de
tanto mar agreste de luz.
O por-do-sol
sem auroras chorosas
canta lágrimas imóveis,
papeis e marfins.
O rio percorre sua
canção lenta e plumosa.
Sua fábula é repetir-se.
Seu fim é tornar-se salgado
de praias e de mares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário