(marfim de prata)
A lua não apareceu
porque não tinha dinheiro no céu.
Os anjos choravam de
alegria, enquanto o mar
cantava suas cantigas de ninar.
Por que choras, pequena gaivota?
Choras de saudade do mar?
O vento que balança o barco
meu rosto insiste em cortar.
Os mercados tem ações
que insistem em se quebrar.
Meu coração murmurações
que insistem em saltar.
A gaivota de asas lentas
vive se gabando de ouro.
Meu chapéu tem um furo,
mas minha alma é cigana.
Escuro, escuro é o muro,
o céu é escuro, é azul o muro.
A lua não apareceu
porque não tinha dinheiro no céu.
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