Uma voz encoberta
na fumaça do tempo,
dentro das águas
tristes, dos serenos.
Uma voz cheia de
pequenos sofrimentos,
iguais as feridas abertas
pelas marcas sem cicatriz.
Depois com o movimento
do relógio, a cada badalada
do coração, a lenta lembrança
dos amores se dissolvem
como pequenos restos de
pão.
Uma voz apenas
e um aplauso de silêncio
uma voz apenas
e a melancolia infinita
uma voz apenas
e o sofrimento de existir
com tantos canalhas
a minha volta.
E enquanto componho
grito, desesperado.
E enquanto componho
ninguém me escuta.
Enquanto componho
tenho a alma dissecada
e o coração aos pulos
totalmente congelado.
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