Há rios imóveis no amor
como serafins em forma de nuvens.
No final do caminho
uma lua de petróleo sorri com
flores e pergaminhos.
O brilho intenso do farolete
imita as asas de um bule de paixão.
O café em forma de copo
e o oceano em forma de canção.
No final só existe o próprio
ser, cantando na voz lenta
o que restou do poema:
a saudade, o vento e o dilema.
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