segunda-feira, 17 de julho de 2017

FELICIDADE CLANDESTINA

Dentro do tempo
ilusório e físico
as coisas mudam
como um peixe
preso a uma rede:
assim penso
em Jacó lutando
contra o anjo,
para ser abençoado,
porque versos
nos sugerem
uma luta desigual
entre as mãos
e a caneta,
entre as palavras
e o papel.
E o tempo consome
as coisas, esfarela
a arte, envelhece
os corpos, rouba
os momentos
e nos entrega
preciosamente
o físico e ilusório
sentido de tudo:
a felicidade clandestina.

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