sábado, 27 de outubro de 2012

Gustave Eiffel


Gustave Eiffel havia escrito um livro minucioso e detalhado sobre as teorias existenciais da mente. O livro em si, fora escrito entre os anos de 1945 ao 1948. Eiffel era judeu. Seus pais haviam fugido da Itália, por oposição ao fascismo, se mudaram para a Alemanha. Seu pai era o teórico italiano Jácomo Marchiori, ancestral de judeus da antiga russa czárista. Sua mãe vinha provavelmente ou da Polônia ou da Holanda. Seu nome era tipicamente holandês: Yani Marchiori.  Eiffel havia nascido na Itália, e com a mudança dos pais para uma rápida passagem pela Alemanha, sofreu as perseguições aos judeus que lá havia. Naquele período, Jácomo conseguiu fazer amizade com um soldado alemão, e conseguiu cruzar a fronteira da Alemanha com a França, mesmo correndo o risco de serem fuzilados pelos soldados fiéis aos nazistas do lado leste. Mais ao oeste, Jácomo decidiu trocar seu nome para um típico nome francês: Eiffel. Jácomo Eiffel, casado com Yani Eiffel, com um filho de nome Gustave Eiffel, que havia escrito um livro minucioso e detalhado sobre as teorias existenciais da mente.
 Viveram por um tempo determinantemente bom na França. Gustave frequentou universidade, Jácomo Eiffel virou editor de uma imensa editora francesa e Yani Eiffel consegiu ser uma professora de uma escola popular de Paris. Mais foi ai que se abateu a grande guerra européia, que crucialmente se estagnou por todo o resto do mundo. E Gustave foi pego e preso pelos nazistas alemães que invadiram Paris na maior rapidez possível que as armas de fogo lhe proporcionavam. Tinha sido pego na rua, quando alemães disfarçados saíram de um bar, e como seu nariz típico dos judeus lhe delatava, sofreu um golpe de arma na cabeça e caiu desmaiado. Por piedade talvez, não foi morto, porém foi levado para uma espécie de quartel nazista, onde ficou aos cuidados de um professor alemão de literatura. Sorte, pensava, pois o professor não deixou que nenhum fio de cabeça do pequeno francês fosse arrancado pelos soldados. Escutava os piores dos piores insultos que da língua alemã (que aprendera fluentemente no curto período em que passou por aquele país) pudessem ser ditos. Seu ouvido estava concentrado no professor, que lhe confessava não ser nazista, e que estava lhe querendo ajudar apenas a fugir. Preso com outros franceses, percebia-se naturalmente que era o único judeu presente. Por isso ficava debaixo das capas dos livros grandessíssimos que o professor Albert Albert lhe dava. E ficou impressionado com um tal de Sartre, do qual nunca havia ouvido falar. Um dos pequenos detalhes que escreveu naquela infernal prisão nazista em Paris, lhe serviu de base para o seu livro sobre as teorias existenciais da mente.
O capítulo dezoito está completamente em latim, mais o que sobrou em francês, italiano e inglês (ele não usou nada em alemão), se traduziu no que foi possível para as línguas latinas, castellana e portuguesa:
 "A mente é um bloco infinito de possibilidades. Um jogo mede a atenção do jogador, porque a mente foi basicamente criada para o eu-ganhador. O ganhar é o desejo da mente. A mente deseja ganhar. Os alemães desejam ganhar uma guerra, os ingleses desejam vencê-la, os americanos ainda não entraram no jogo. Entrarão. A mente é uma base infinita de possibilidades. Uma equação é simples. Uma soma é simples. Se deseja ganhar, se deseja possuir, e é essa a base da mente. A mente é um bloco infinito de possibilidades".
 Gustave Eiffel sobreviveu e foi liberto do horror nazista com o fim da guerra, e publicou seu livro em 1950 (talvez em um auge da guerra fria). Casou-se com uma pequena russa que conheceu em uma viagem para a Alemanha oriental. Dizem que não recebeu o nobel por seu apoio político aos Estados Unidos. Passou tranquilo os restos de sua vida na Suíça. O resto é apenas uma lenda má-contada.

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