terça-feira, 2 de outubro de 2012

De um verso pequeno

Martelo o verso com ferro 
E misturo-o ao marfim do luar.
Escrevo para livrar-me de mim
E martelo cansado de sonhos,
Batalhas e trajetórias: o telefone
Toca, é tão poético...

E vai tudo se transformando
Em saudade, em fósforo usado.
Acaba as lágrimas (que tolice)
de quem um dia foi um triste
Apaixonado.

O verso martelado em palavras
Já não serve pra falar de l' amour
Ou qualquer coisa que caiba no
órgão coração...

Mais não é pena, não é nada...
É um canto: suave, profundo
Uníssono que circula por sobre
Os olhos e as almas sem poesia:
Resta a vida

(talvez
Valha
Mais).

Nenhum comentário:

Postar um comentário