quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Soneto de estranha comoção
A minha ansiosa alma se inquieta
quando gestos seus ferem meus olhos.
Não me pretendo esquecer-te ou sequer
apagar a memória que carrego e, (penso), carregas.
Verás que não é luto. De morte a vida já é feita.
Se é ao pó que me vou um dia, que ao
menos sua alma minha seja feita. Para
que me ame eternamente na onde talvez
reste apenas uma saudade... Um beijo, uma vida...
Isso é eternidade. Mesmo ela tão bela
já não é a solução de minha vida.
A minha ansiosa alma se aquieta
quanto gestos seus ferem meus olhos.
Te amo e te carrego. Penso: também me carregas.
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