sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O oceano martela


O oceano a distância martela
Enquanto o sofrimento, o sofrimento
A beira do coração arrasta
Em seu enjôo o coração.
São sete lanças, cada uma
Mistura-se ao sinal do tigre:
as patas
os olhos
os pelos
As listras
as unhas
os dentes
e as orelhas.
E distante, tão distante
O oceano martela na distância
Dezenas de sonetos, e centenas de odes
Em louvores a poetas sacríficados pela solidão.
O coração acompanha cada martelar solene.
Lenta, porém alegre
A esperança galopa veloz
Nas cinzas furiosas do mundo
E você, sua boca, seus olhos
Não são miragem
E eu te amo!

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