sexta-feira, 12 de outubro de 2012

ISABELLE e Sua Vida por completo! (romance


_ Você tem uma ideia muito diferente de si mesmo, sabe? Eu gosto disso.

_ Hum... Você parece gostar de qualquer diferença que aparece, não é? Qualquer um que se mostre diferente!

_ E o que é que tem demais nisso? Eu lembro quando eu te vi pela primeira vez: você estava caminhando sobre a praia, sem blusa, com óculos de sol no rosto.

_ Você se lembra com cautela dessas coisas... Puxa, eu me recordo quando você me conhe...

_ Aff... Por favor, não comece a falar dos meus cabelos morenos.

_ Não era isso, eu não ia citar os seus belos... Eles são lindos de qualquer jeito: morenos, loiros, cinzas, azuis... Você sabe que eu te amo não sabe?

_ Sinceramente não sei. Espero que me ame!

_ Você é muito desconfiada Isabelle... Você parece sua mãe. Agora sei porque seu pai se separou dela... Desconfiança acaba com tudo, e você deveria saber disso.

_ Poupe-me disso... Eu tenho motivos e você não tem. Estou errada no que?

_ De achar que eu te traio. Ou que eu te traí.

_ Eu não puxei esse assunto até agora meu amor.

_ Mais eu já puxei ele porque você sempre joga isso: "VOCÊ ESTÁ ME TRAINDO NÃO ESTÁ?", e eu sempre me resigno: NÃO, NÃO ESTOU.

_ Olha... eu não toquei nesse assunto e você que começou: VOCÊ ESTÁ ME TRAINDO NÃO ESTÁ? Se estiver, fale logo que é melhor!

_ NÃO Isabelle, eu NÃO ESTOU te traindo.

_ Certeza?

_ A mais absoluta!

_ Eu confio em você meu amor...

_ Mais não parece... a sua confiança é meio cínica Isabelle. Você tá me escondendo alguma coisa, quer me contar?

_ Não... não quero.

_ Entendi... bem, eu não me desespero por nada. Mais eu tenho meus motivos não tenho?

_ Todos. Os melhores e maiores possíveis. Você sabe muito bem que eu já fui espiã pra esse governo de merda... Antes, muito antes de te  conhecer... Mais eu não estou te escondendo nada. E se estivesse, eu nunca te contaria. É... ainda bem que você desconfia de mim. Se não desconfia-se eu mesmo desconfiaria por você...

_ Me dá um beijo Isabelle, eu não aguento vê-la com esses lábios carnudos se mexendo assim... Preciso senti-los.

SE BEIJAM.  

_ Amanhã te espero na praia... Agora tenho que sair.

_ Pra onde você vai Isabelle?

.......... silêncio.


_ Acho Isabelle muito enganadora. Ela consegue tudo o que ela quer... Ela consegue atuar muito bem na frente dos homens: é uma Matah Harah de primeiríssima classe. Não consigo entender o que ela faz com o Vitor... ele é tão... tão... tão... nada!

_ Deve ser que ele tenha algum segredo dela. Isso é o que eu creio. Mas talvez ela goste muito dele. Eles se conheceram na praia, eu estava junto com ele quando se conheceram. Ela se apresentou pra mim como se esnobando ele, e depois virou pra ele. Ela dava um bote de cada vez em nós dois. Não nego: ela me enfeitiçou e quando percebi que ela estava dando em cima dele, senti raiva e fiquei vermelho na hora... Mas ela conseguiu me acalmar... Não sei: Isabelle tem o que mulher nenhuma tem.

_ Sedutora!

_ Oh não... Ela tem algum veneno de víbora que encanta. É uma Femme fatale.

_ Vai me perdoa: eu não sei francês...

_ Uma fêmea fatal.

_ Puxa... Uma fêmea fatal em?!... E nós dois aqui, seduzidos por ela, atacando ela, discutindo sobre ela... E quem se deu melhor com ela, foi nosso bom e velho Vitor.
_Pois é!

_ É... parece que o destino é assim mesmo. Brilha p' ra alguns e pro resto é só...

_ MERDE.

RISOS.

_ E ai Vitor...

_ Vitor...

_ E ai... O que vocês dois estão fazendo prá cá?

_ Se esqueceu que vamos jogar volley na praia?

_ Hum... esqueci sim. Eu estava com a Isabelle... Ela não passou por aqui?

_ Não... ou não reparamos! Porque?

_ Esquece! Assuntos meus.

_ Ok então...

_ Ok...



_ Assassinaram ela... A sangue frio. Você não ficou sabendo?

_ Nossa, não fiquei. Ninguém me contou. Ando tão distante dessa realidade estranha... Você sabe que eu não ando mais com esse tipo de coisa!

_ Eu sei, mais imaginei que você soubesse de alguma coisa Isa. Poxa, ela foi assassinada a sangue frio, na mais bruta crueldade.

_ O que fizeram?

_ Jogaram o corpo num canal, depois de espancarem brutalmente

_ Poxa Suzy, eu não sabia disso. Eu não tive nada a ver com isso.

_ Não estou acusando você!

_ Eu sei, mais isso é uma coisa avassaladora. De uma crueldade imensa... Poxa Suzan, a ditadura acabou a tempos e isso ainda continua acontecendo?! A onde vamos parar?

_ Não sei... Só Deus sabe!




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