Em algum lugar do mundo, em suas errantes caminhadas, talvez encontrasse algum descanso na triste e desolada paisagem que lhe proporcionava uma visão do esplêndido anoitecer: imensas montanhas, montes quebrados, rios distantes, alguns abutres sobrevoando altitudes imensas e, nuvens coroando o sol no fim do dia. Ali ficou observando a natureza, a paisagem, respirando com tranquilidade o ar que aquele ambiente vivo de insetos, lhe dava. Imaginou-se com ela ali, diante da imensa beleza natural.
Sem dúvida nenhuma, ela gostaria muito daquele lugar. Correria atrás de algumas borboletas (ele observava com cuidado as imensas borboletas que rodeavam várias flores que sua memória fez questão de registrar por puro prazer e acaso).
Depois, cansada disso, ela sentaria ao seu lado, comeria alguma fruta que ele trazia na mochila em suas costas, naturalmente ela comeria uma maça, pois não gostava de banana.
E depois de comer, sorriria aquele sorriso doce e triste de menina que só ela tinha, beberia um pouco de água no rio que cortava entre uma montanha e uma floresta pequena de carvalhos, e naturalmente beijaria sua boca, com imensa paixão.
Deus do céu, que alguém entenda esses sentimentos que me ocorreram ali, naquele lugar. Desolado, desértico, mais tão vivo, humano, sem a ira ou a maldade do ser-humano consumindo tão pequena parte do universo. Talvez ali eu pudesse ser feliz com ela, mesmo não estando com ela. Ao anoitecer dormi, e ao acordar de manhã, percebi, que tudo passara de um sonho. Nunca estive em um lugar tão belo quanto aquele, e nunca a terei novamente em meus braços.
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