segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Navegar no abismo


Já não sou quem fui
Já não fui quem era.
Diante disso me confundo.
Deus: tragá-me novas eras.

Minha alma se morde
Triste no vazio de mim mesmo.
No espelho não sou eu
Quem sou se não quem fui?
Mais quem fui, se quem sou não sabe
De nada e para nada se rasteja qual
Um inseto à procura de uma toca?

Seus braços de mulher seriam ideal toca.
Eu sou cruel, eu sou triste, eu sou louco
Eu: desumano.

Joguem-me por favor ao mar de Ulisses...
Que as gaivotas me devorem o corpo
Pois minha alma basta, para minha amada.

Calma!

Calma essa que já não tenho.
Suspiro de juventude
Mais o que brota em mim
É uma esplendia miséria de
Sentimentos mortos.

Estou morto.

Calma!

É muita alegria e tormenta.

Que o sol ilumine meu rosto
Vosso rosto. Sou tão triste e cruel
Que nem dormir posso mais...

E meu coração? Nem aguenta...

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