quinta-feira, 20 de junho de 2024

poemas

 

 poemas

O AUTOR
Gabriel de Ataide, usa inúmeros pseudônimos para escrever seus poemas e fazer suas pinturas. Atualmente reside em São Paulo, no Brasil. 


ANTES
Não há estranho algum aqui, 
Apenas amigos que não conhecemos ainda. 
Ah, deixe de timidez amiga, 
Vamos beijar os nossos olhos 
E rir do nosso amor com carinho;
Sabemos já que todas as almas são vazias,
 Esperemos por Deus nessa jaula chamada terra.
 Pela imaginação vamos viver com as fadas, 
Porque a cada hora morremos de tédio, 
Com esses homens que não entendem nada,
 E só destroem as coisas.
Como se divide o mundo, Amor?
 Simples: - almas torturadas e demônios torturadores.
  Ancederemos uma fogueira de esperança, 
E as bruxas irão rir da nossa desgraça eterna. 
Eu e você, Amor meu, somos a mesma 
Árvore da juventude e da velhice, 
Temos os mesmos galhos e as mesmas flores.
 A alegria e a tragédia são a mesma
 Peça escrita por uma mesma mão invisível. 




SEGUNDO O MEU CORAÇÃO
Eu preciso de mais coragem para cavar fundo 
Nesse poço escuro da minha alma.
 Esse mundo invisível de sonhos 
É uma realidade que me deixa impaciente.
 A felicidade não existe 
E não é nenhuma virtude,
 Nem sentir prazer, 
Nem esperar recompensas eternas. 
Desde o nosso nascimento até a nossa morte na fria cova,
 Tudo isso é apenas um piscar de olhos na vida de um peixe
Não há tranquilidade no meu coração, 
E às vezes estou cansado de existir, 
E sei que a vida é uma longa preparação 
Para algo que deve vir sem eu saber o porque virá.
 As emoções puras guiam minha alma
 Élfica para o meio do nosso amor, 
Que é apenas um refazer constante.
Quem ama nunca deve se cansar de amar. 
Quem ama precisa ter os olhos suaves 
E as sombras profundas no coração 
Perto do fogo do esquecimento, para que o livro da 
Vida abra com discernimento a beleza de um beijo.


O MEDO
No silêncio do coração Deus fala 
E por isso chove lá fora, 
E o vento também com força passa.
 Leio kenzaburo oe com lágrimas nos olhos. 
O gato passa por cima da almofada 
E me olha, a jornada em frente importa, 
A chegada não importa, a  vida não importa,
 A jornada importa, a disciplina não importa,
 A jornada importa, o amor não importa, 
A jornada importa. 
Então começamos pelo começo, 
Pois todo começo é um fim e todo fim é um começo.


A DOR
Fechei o balcão para não
Ouvir os gemidos da dor.
Não houve jeito:

Existem muitos cães que latem,
Existem poucos violinos que toquem,
Poucos anjos do céu nos ajudam.

Mas a dor é um cão enorme que me morde,
A dor é um violino insuportável que me fere,
A dor é um anjo que me golpeia com a espada afiada.

Fechei o balcão para não
Ouvir os gemidos da dor.
Não houve jeito:

Só restou a dor para sentir.


TODAS AS FLORESTAS
Óh, pequenos que andam nas terras sombrias,
 Não se desesperem! Embora escuro esteja o céu 
Todos os bosques devem se abrir
  E ver o Sol ardente nascendo com o dia começando 
Para leste ou para o oeste, 
E todas as florestas batendo palma com as folhas.

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