segunda-feira, 24 de junho de 2024

algumas velhas canções de um diário qualquer

 

A ALMA
Vem, escuta comigo o som do vento pela janela,
E se o cantar dos grilos te irritar profundamente,
Lembre-se que lá fora há estrelas girando no cosmo aberto.
A natureza selvagem que nos rodeia
É o berço do Éden a qual pertencemos, não é?
Vem, escuta comigo o som medonho da natureza,
O mugido das vacas, o latido dos cães,
Lá fora o Sol arde como uma bomba nuclear.
Não, não se ofenda, o amor é assim mesmo:
Pode vir pode não vir, pode chegar, pode tardar.
Não é tudo a mesma coisa, amor?


ANARQUISMO INTERNO OU DÚVIDA QUALQUER
Ah, quanto cristianismo dentro do coração,
E quanta inverdades nessa sociedade horrenda.
Ei, amigos, vocês já foram para um shopping?
Há coisa mais horrenda do que essa amostra
De inferno para as pessoas sensíveis?
Almas que trabalham torturadas servindo
Os demônios torturadores que compram
Seus bagulhos sem sentido nessas lojas capitalistas.
Tudo bem, criticar é fácil, mas o que colocar no lugar? 
Ah, quanto cristianismo dentro do coração.
Não são todos os seres humanos uns bandos de falsos?



VISÃO
Lá fora, Óh destino escuro,
Há um imenso jardim cheio de Fadas
Que dançãm seminuas para provocarem
Os faunos que mastigam
Uvas bravas nesse jardim perdido.
Óh destino escuro! ela me repeliu!
Lá fora, cavalga em um unicórnio,
Místico guerreiro, espada na bainha,
Procurando dragões para
Arrancar o fogo do coração.
Óh destino escuro! O coração
É um poço profundo e fundo.


CARTA AO DESTINO
Eu pensei que o coração,
Essa fábrica de ossos em trapos,
Fosse incapaz de uma linha verdadeira.
Mas agora eu vejo, claramente,
Quase como um vidente, ou mago,
Que eu estava realmente errado.
Ainda sou capaz de chorar por
Uma donzela em perigo, ou encher
Meus olhos diante das desgraças alheias.
Ó destino, por que questionar?
Nasci Poeta!


DAS QUESTÕES DO AMOR ALHEIO
Veja só, eu sou aquele menino, se virei um homem talvez eu seja um elfo, Pobre de mim, ela não me quis, ela me rejeitou
e agora eu só tenho para me aquecer no inverno triste e selvagem os meus sonhos. Veja, sou um agricultor qualquer, e vou plantar meus sonhos aos seus pés, Pise de leve, com carinho, você pisa nos meus sonhos e nos meus suspiros.


PARA SEMPRE
Vamos dançar,
É tempo de tocarmos
As estrelas e queimarmos
As pontas dos dedos.
Veja, a vida tem algum
Significado oculto
Que não compreendemos
Ainda. 
Vamos dançar,
Eu não danço.
Eu sou apenas um
Velho bardo sentado
Escrevendo poemas
Sobre a beleza dos gansos.
Mas ela dança, ela que mexe
A nádega de uma forma
Incrivelmente atraente.
Ó inefável deleite,
Quais são os quesitos
Para se apaixonar eternamente?


O POEMA DOS POEMAS
Cavaleiro, eia em frente,
Siga, vamos, lá do outro lado
Da colina há gigantes de pedras
Adormecidos já há mil anos.
Vamos, cavaleiro,
Em frente, espada em punho,
Que dragões e bruxas aparecerão.
Cavaleiro, há morte é só
Uma caveira sorridente.
E a vida, é uma mulher safada,
Que nos fere, mas sem ela
Não existe saída alguma.

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